Imagem: Capcom Após o recente anúncio no The Game Awards de que Okami ganhará uma continuação, Hideki Kamiya tem se mostrado ativo no Twitter/X, respondendo a algumas perguntas dos fãs sobre o popular jogo de ação e aventura. Isso o levou a compartilhar fatos menos conhecidos sobre as origens do jogo, incluindo a ideia original por trás dele, como observado por VGDensetsu.
Em resposta a uma pergunta sobre a escolha do lobo como personagem jogável, que faz paralelo com a semelhança na pronúncia da palavra japonesa para “grande deus” (大神) e “lobo” (狼), Kamiya (que foi o diretor do jogo) contou como o nome foi escolhido. Segundo Hideki Kamiya, a ideia original para Okami envolvia criar um jogo em que os jogadores se tornavam o líder de um bando de lobos que habitavam uma ilha isolada, lutando pela sobrevivência na natureza.
E, ao fazer isso, ele revelou um esboço anterior do jogo, que se baseava na ideia de os jogadores controlarem o líder de um bando de lobos: “Okami começou originalmente como um projeto de um jogo em que você se tornava o líder de um bando de lobos em uma ilha deserta e precisava sobreviver na selva. A partir disso, evoluímos para um jogo sobre ‘o poder dos deuses para controlar todas as coisas do universo’, e assim nasceu a técnica de pintura, que me fez dar o título de ‘Okami’…”
De acordo com Kamiya, essa visão para o jogo foi inspirada por um livro que leu durante a universidade, baseado no trabalho do fotógrafo e ambientalista Jim Brandenburg. Esse livro aparentemente inspirou Kamiya a escrever uma proposta anterior, não realizada, para um jogo de rolagem lateral por volta de 1993/1994, que também era fundamentada na ideia de controlar um lobo branco sobrevivendo na natureza.
Há algum tempo se sabe que, quando a Clover Team (os desenvolvedores originais de Okami) começou a trabalhar no jogo, não havia o icônico estilo artístico pelo qual ele é conhecido atualmente, que é inspirado em aquarelas japonesas e na impressão em madeira Ukiyo-e. Na verdade, a equipe buscava um visual mais fotorrealista.
Kamiya também mencionou em uma entrevista anterior à Famitsu que o desenvolvimento inicial do jogo não foi nada fácil, já que a equipe carecia de uma história e de um sistema de jogabilidade bem definidos. O único princípio orientador era criar um jogo que retratasse “muita natureza”, o que acabou causando bastante estresse e desviando o projeto a ponto de se tornar uma simulação.
No final, como você deve saber se já jogou, a versão de Okami que recebemos é muito diferente do que foi proposto inicialmente, introduzindo uma narrativa mais fantástica que combina elementos da mitologia e folclore japoneses. Os jogadores controlam o lobo branco Amaterasu, nomeado em homenagem à deusa do Sol do xintoísmo, que deve restaurar a vida ao mundo usando um pincel celestial.