Quando você pensa nos Bitmap Brothers, é provável que a primeira coisa que venha à mente seja Speedball 2 – e, ao pensar em Speedball 2, a impressionante arte de Dan Malone certamente surge em seus pensamentos. Malone trabalhou no renomado estúdio britânico entre 1989 e 1995 e, sem dúvida, ajudou a moldar o visual ‘clássico’ da empresa durante esse período. Com Speedball 2 e o clássico do Amiga The Chaos Engine, o talento extraordinário de Malone se destacou, conferindo aos jogos uma aparência única que outras desenvolvedoras se esforçavam para igualar.
Desde então, Malone retornou ao universo dos Bitmap Brothers em mais de uma oportunidade, criando obras conceituais para um jogo de Speedball que nunca foi concluído em 2000, além de contribuir com projetos focados na história da empresa, como The Bitmap Brothers: Universe e The Bitmap Brothers: Odyssey. Sua carreira também inclui colaborações com empresas como EA, Sony, System 3, Pepsi, Revolution Software e HotGen, mas, apesar de sua produção prolífica até os dias de hoje, é surpreendente saber que Malone não esteve envolvido no recente reboot de Speedball pela Rebellion.
“Não tive nenhuma participação no novo reboot de Speedball,” diz Malone. “Só fiquei sabendo que estava em produção muito recentemente. Não tenho certeza se eles realmente se importam, pois deve haver muitas pessoas dentro da equipe ansiosas para trabalhar nisso, e pouco espaço para que os designers/artistas originais sejam incluídos.” Malone afirma ter aceitado há muito tempo que Speedball não é mais sua criação. “Já aconteceu antes com as várias sequências após Speedball 2. Não estive envolvido em nenhuma delas, embora tenha feito alguns desenhos para o desafortunado Speedball 3. Estou meio que acostumado com isso! Isso não significa que fico feliz com a situação, mas o que se pode fazer?”
Recentemente, ao testarmos o novo Speedball, que atualmente está em Acesso Antecipado no Steam, percebemos que seus visuais carecem da estética dura que tornava o segundo jogo tão singular. Com certeza não é um jogo feio, mas parece um erro não ter incluído a contribuição de Malone, considerando quão intrínseca é sua arte ao capítulo mais amado da franquia.