Imagem: Limited Run Games
Recentemente, a Limited Run Games gerou grande repercussão ao ser revelado que a empresa estava vendendo discos CD-R para os clientes como parte de seus caros produtos de edição limitada – em particular, o produto D, que custava R$ 64,99. Na ocasião, foi afirmado que essa prática se devia a “problemas de qualidade e confiabilidade ao tentar prensar discos 3DO de maneira tradicional”, com a Limited Run alegando em um comunicado que CDs gravados garantiam melhor compatibilidade com o hardware do 3DO (algo que muitas pessoas notaram ser totalmente incorreto – o drive de CD do 3DO é notoriamente exigente ao ler CD-Rs).
Agora, Douglas Bogart, um dos cofundadores da Limited Run que deixou a empresa em 2023, afirmou que a razão para a venda de CD-Rs aos clientes foi muito diferente: Josh Fairhurst, outro fundador da empresa, acreditava que era uma opção mais barata.
“Eu não estava presente quando eles venderam CD-Rs para os clientes, mas estive lá quando ele propôs a ideia e eu, junto com alguns colegas, lhe dissemos que era uma má ideia vender discos queimados. Contudo, sua resposta foi que era mais barato e que os clientes não perceberiam. Eu esperava que ele desistisse dessa ideia, mas claramente não o fez.”
Bogart fez essa afirmação sobre Fairhurst em um extenso post no Medium. A postagem foi posteriormente excluída, mas está disponível online (como foi notado por Game Sack). Nesse contexto, Bogart também relata diversos problemas que enfrentou ao trabalhar com Fairhurst, incluindo assédio no ambiente de trabalho, uso de dinheiro da empresa para sua coleção pessoal e um ressentimento contra outras empresas que operam no mesmo setor, como a iam8bit.
“Sempre que havia um possível desastre de relações públicas e uma forma de evitá-lo, ele não escutava. Um ditado interno bastante ruim era ‘está bom o suficiente’. Se pudéssemos economizar dinheiro e cortar custos, estava tudo bem se fosse apenas aceitável, e apenas rezávamos para que ninguém olhasse com mais atenção. Ninguém consegue falar com ele a menos que consiga convencê-lo de que a ideia é dele. Tarefas costumavam ficar pendentes no trabalho por tempo prolongado, pois ele se recusava a abrir mão do controle. Ele ensinou esse comportamento a muitos de nós também.”